terça-feira, 23 de janeiro de 2018

SOBRE O TEMPO


O tempo. 

É famoso o dito agostiniano: “Se ninguém mo pergunta, sei; mas se quero explicá-lo a quem mo pergunta, não o sei”. 
Depois de uma análise do passado, do presente e do futuro – até hoje não superada –, Santo Agostinho concluí: 
“Não se diz com propriedade «três são os tempos: passado, presente e futuro»; talvez fosse mais apropriado dizer: «presente das coisas futuras, presente das coisas passadas, presente das coisas presentes». Porque essas três presenças têm algum ser na minha alma, e é somente nela que as vejo. O presente das coisas passadas é a memória; o presente das coisas presentes é a contemplação; o presente das coisas futuras é a expectação” (Confissões). 
O tempo é, assim, distensio animi, “uma espécie de extensão da nossa alma”. 

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